terça-feira, 10 de fevereiro de 2009


A solidão é um negócio engraçado. Eu poderia dizer, sem medo de ser leviana, que gosto muitíssimo de estar sozinha. Posso passar dias, semanas, sem o contato direto com outrem, e nem por isso estar deixando de viver momentos os mais agradáveis. Como disse num outro post, "como só os afeitos de si". Sou afeita de mim.
Inclusive, adoro meus defeitos. Cada um deles. Quanto mais os olho mais me reconheço. Claro que sei onde é que na vida eles me atrapalharam, todavia - o mais importante - sei onde é que cada um deles pode me ajudar. Sendo assim, vivermos eu e os meus defeitos não é só agradável, é conveniente. 
Acontece porém que na vida é necessário o extraordinário, ele não é demais. E como somos todos iguais uns aos outros, só temos o extraordinário quando alguém nos ama. Quando alguém nos acompanha. Quando alguém também olha de perto nossos defeitos e acha que eles são bonitinhos. Do amor brotam as qualidades que - pelo menos em mim - não existem sem ele.
Sozinha, que ironia!, sou menos.
Sou apenas um. 

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