quinta-feira, 5 de março de 2009


Hoje me amaram. Um amigo remoto, um vento distante, um conhecimento do outro. Um reconhecimento do outro. Outro que sou eu, e, de tanto amor, sou eu de intensa felicidade, até o remoto, até o distante. Reiteradamente do conhecimento.
Disse-me:

"Bárbara, você tem um nome bélico, um grito entoado por excesso e extravasamento da voluntariosidade. 

Santa Bárbara foi degolada por uma espada com a coragem e a bravura inabaladas. Os povos bárbaros eram guiados em batalha por um furor inquebrantável e glorificados quando nelas morriam segurando uma espada. O ferro deve ter ligação com seu o nome já que nada fica no caminho d’uma lâmina afiada. 

Nome que leva a mente a selvageria, o inculto e incorreto, mas também o propósito e potência desconhecida pelos demais. Desconhecida sim. Bárbaro significa estrangeiro, pois quem não compartilha do propósito desse povo não há de compreender tamanho ímpeto destemido na busca do ideal.
 
É um vocábulo de êxtase ao vislumbrar algo realizado com fogo e valentia. A exclamação de boca cheia: “bárbaro!! bravo!!” (estas devem ser palavras irmãs) denota o cume da conquista feita por inteiro - corpo e alma - e sem descanso até ser alcançada. 

A Bravíssima Bárbara: a que não exibe medo, que demonstra coragem e raiva. Quando a fúria toma uma diretriz sem esvair-se para todos os lados, torna-se uma energia quase inesgotável, como um cometa que cruza galáxias sem respeitar órbitas. Simplesmente segue seu veloz rumo deixando um lampejado rastro de luz. Todos que o vêem ficam atônitos, perplexos e maravilhados."

André, não é mistério que és só amor.

Um comentário:

  1. nossa!! como suas palavras são delicadas e precisas. sem margens para ambiguidades, apesar de lidar com o abstrato e onírico. sinto até vergonha do texto dramatico que escrevi.

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