quarta-feira, 4 de março de 2009


Quando criança, sempre disse que não queria casar. Quando adolescente, incontáveis vezes repeti que não queria ter filhos.
Pra quem acredita em palavras, tive as minhas ouvidas. Cada vez que, impropriamente, eu clamei por tais vicissitudes, estava espaçando as distâncias entre mim e mim mesma. 
Hoje, quando peço em ladainha que um homem me ame e case comigo e queira me fazer um filho, posso apenas, pouco a pouco, ir abonando cada um daqueles clamores. 

Oxalá um dia as rezas de hoje neutralizem orações de ontem.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário